terça-feira, 8 de novembro de 2011

Ser mãe...


Um dos blogs que mais gosto de visitar é o Blog da Clarinha onde a Filipa escreve o que lhe vai na alma e no coração de uma forma tão sincera que, apesar de não a conhecer pessoalmente, às vezes parece que a conheço há anos!

Mas este post relaciona-se mais com alguns comentários que de vez enquando lá leio sobre ser mãe a tempo inteiro, ou deixar os filhos na creche, ou outras decisões que todas nós como mães temos de tomar.

Incomoda-me que algumas pessoas considerem as suas opiniões e opções como verdades irrefutáveis e mais correctas que todas as outras alternativas.

Eu invejo a Filipa por ela ter "abdicado" da sua vida profissional para cuidar da Clara a tempo inteiro. Eu era incapaz de o fazer. E sei que por dizer isto, caso este blog fosse muito popular, teria já imensos comentários desagráveis sobre a minha capacidade de ser mãe.

Mas afinal quem é melhor mãe???? Aquela que deixa os filhos no creche assim que acaba a licença de maternidade, sem nunca ter colocado a hipótese de deixar de trabalhar para ficar em casa a cuidar deles??? Ou aquela que deixa de trabalhar para se dedicar à profissão de mãe a tempo inteiro??? Será que uma é melhor que a outra??? Será que tem mais valor que a outra?? Será que dá mais amor aos filhos??

Para mim não há uma resposta certa, não há! Cada um escolhe para si aquela que melhor se adequa à sua vida e à sua personalidade. Eu era incapaz de deixar de trabalhar para ser mãe a tempo inteiro. E não é por isso que gosto menos da minha filha que aquelas mães que o fazem!

Fui muito criticada por ter dito, durante a minha licença de maternidade, que estava ansiosa por voltar ao trabalho. Muito criticada!!! Mas era a mais pura das verdades! Gosto de trabalhar, gosto do que faço, gosto do local onde trabalho... mas também gosto muito da minha filha, claro que sim!!! Mas seria eu uma boa mãe se abdicasse de uma coisa por outra? Podendo até ser uma pessoa infeliz e não realizada? Não estaria eu a prejudicar mais do que ajudar??

Mais uma vez não há uma resposta certa!!! Eu tenho a minha e as outras pessoas têm as delas!!

Mais uma vez sublinho o quanto admiro a Filipa pela coragem e força dela. Mas minha gente... deixem de fazer juizos de valor. Se fossemos todos iguais este mundo era uma seca!!!

7 comentários:

  1. Eu adoro os meus filhos mas sinto uma falta louca de trabalhar. Gosto de estar em casa com eles, mas não quero só isso para mim ou para eles.
    Acho que cada uma tem de fazer como se sente melhor e não tem de criticar as outras mães, o que resulta para mim pode não resultar para a vizinha do lado!
    Beijo grande

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  2. Não há nada que eu mais ame e ponha em 1º do que o meu filho, no entanto nao trabalhar esta fora de questao! Nao consigo!

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  3. Eu tbém gosto da Filipa, no meu caso neste momento dava-me jeito ser mãe a tempo inteiro, as miudas precisam de mim, sinto isso. Mas por outro lado sei que não aguentaria mto tempo.

    MARGOT

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  4. ninguém tem que criticar ninguém.
    cada uma é mãe à sua maneira.
    e se estamos bem e felizes seremos muito melhores mães.
    não ligues ao que dizem, ou ao que disseram.
    beijo

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  5. Olá D. =) sabes que eu só o pude fazer porque trabalho por conta própria e a empresa é minha. Se trabalhasse para outra pessoa como se colocaria essa opção? Não poderia deixar de comer ou pagar as contas para ficar a cuidar dela, seria impossível. Não te nego que esta opção trouxe consequências. O nosso trabalho diminuiu muito porque agora é só um a puxar a corda e não dois, e consequentemente a nossa qualidade de vida e capacidade também. Foram opções. Neste momento estamos a perceber que com a degradação do trabalho que a crise internacional trouxe, que vamos ter de antecipar o meu regresso efectivo ao trabalho, senão qualquer dia estamos aflitos e não vale a pena esperar que esse dia chegue. Isto para te dizer que o amor de uma mãe não se mede pelo facto de abdicarmos de trabalhar para ficar com eles. Nós temos de estar bem connosco próprias. E se trabalhamos muitas vezes é para garantir o sustento necessário e isso é também uma forma de amor, acredito eu. Como te digo, eu tive a "sorte" de poder fazê-lo, mas poderia não ter tido. Trouxe várias consequências, mas agora chegou a hora de modificar as coisas e de assumir que temos de mudar aquilo em que acreditávamos, que era ficar em casa com ela até aos 3 anos.
    As pessoas gostam de criticar, é verdade. Eu não deixaria a Clara na creche para andar a passear, isso era certo. Conheço quem o faça. Uma amiga estava no desemprego e em casa e tem a filha na creche desde os 5 meses... São opções. Na minha cabeça posso pensar que eu nunca o faria. Mas a palavra está lá: "Eu". O que é bom para mim não tem de o ser para os outros e não sou ninguém para criticar.
    A M. é feliz não é? Tu também és não és? Isso é o que é importante na vida :) o resto são balelas. Beijinho

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  6. Estou como tu! Adoro as minhas crias, mas nunca me sentiria produtiva se apenas regrasse a minha vida para cuidar delas. Sou um bicho de produção, preciso de trabalhar e ver obra feita. As minhas crias sempre me conheceram assim! Seria , quem sabe até uma " pior" Mãe se me dedicasse apenas a elas, pois estaria a contraria quem sou! Uma coisa não implica a outra e não há dois rabiosques iguais :)

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  7. Estou como tu! Adoro as minhas crias, mas nunca me sentiria produtiva se apenas regrasse a minha vida para cuidar delas. Sou um bicho de produção, preciso de trabalhar e ver obra feita. As minhas crias sempre me conheceram assim! Seria , quem sabe até uma " pior" Mãe se me dedicasse apenas a elas, pois estaria a contraria quem sou! Uma coisa não implica a outra e não há dois rabiosques iguais :)

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